9 Setembro, 2023
1.º Censo Nacional da Águia-caçadeira: observados 461 indivíduos desta espécie ameaçada de extinção
Dados 1.º Censo Nacional da Águia-caçadeira.
A águia-caçadeira (Circus pygargus), uma espécie de rapina migratória em risco de extinção no território nacional, foi registada em 61% das quadrículas de amostragem avaliadas no 1.º Censo Nacional da Águia-caçadeira, que se realizou no período 2022-2023, num total de 461 indivíduos observados.
É o que revelam os primeiros resultados deste censo realizado no âmbito do projeto "Searas com Biodiversidade: Salvemos a águia-caçadeira", que comprovam a contração da distribuição da espécie que se tem observado ao longo dos últimos 15 anos em Portugal. Das 217 quadrículas amostradas em todo o país, a espécie foi observada em 133. O distrito com mais quadrículas amostradas foi o de Bragança (47) e com menos o de Aveiro (1). O número total máximo de indivíduos registados foi 461 e, numa única quadrícula, foi de 19. Ainda estão por ser apurados os resultados da Campanha Nacional de Resgate e Salvamento levada a cabo pelo projeto.
O censo foi coordenado a nível nacional pelo BIOPOLIS-CIBIO, Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto, e a coordenação no norte do país ficou a cargo da Palombar - Conservação da Natureza e do Património Rural. Participaram ainda neste censo diversas entidades e voluntários, cujo contributo foi fundamental.
A águia-caçadeira é uma rapina migradora, passa ou outono/inverno na África subsaariana, e as suas populações têm registado um declínio continuado e acentuado no território nacional nos últimos anos. Esse declínio é resultado, muito provavelmente, de dois fatores decisivos que afetam a espécie: o corte precoce das culturas de feno (forrageiras) em plena época reprodutora (esta ave faz o ninho no solo, o qual é muitas vezes destruído pelas máquinas agrícolas, assim como os ovos e crias) e a perda de habitat associada à redução muito significativa das áreas cultivadas com cereais para produção de grão.
O projeto "Searas com Biodiversidade: Salvemos a águia-caçadeira" aposta fortemente no envolvimento dos produtores agrícolas na conservação da espécie ameaçada, que depende quase exclusivamente do habitat das searas para assegurar o seu ciclo de vida, sobretudo no que se refere à reprodução e alimentação.
O projeto é desenvolvido pela Palombar, pela Associação Nacional de Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais, pelo BIOPOLIS/CIBIO, e pelo Clube de Produtores Continente. Conta ainda com a colaboração de várias outras instituições e organizações nas suas diversas ações. No Nordeste Transmontano, são parceiros fundamentais o Centro de Recuperação de Animais Selvagens do Hospital Veterinário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
É o que revelam os primeiros resultados deste censo realizado no âmbito do projeto "Searas com Biodiversidade: Salvemos a águia-caçadeira", que comprovam a contração da distribuição da espécie que se tem observado ao longo dos últimos 15 anos em Portugal. Das 217 quadrículas amostradas em todo o país, a espécie foi observada em 133. O distrito com mais quadrículas amostradas foi o de Bragança (47) e com menos o de Aveiro (1). O número total máximo de indivíduos registados foi 461 e, numa única quadrícula, foi de 19. Ainda estão por ser apurados os resultados da Campanha Nacional de Resgate e Salvamento levada a cabo pelo projeto.
1.º Censo Nacional da Águia-caçadeira. Fotografia Palombar.
O censo foi coordenado a nível nacional pelo BIOPOLIS-CIBIO, Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto, e a coordenação no norte do país ficou a cargo da Palombar - Conservação da Natureza e do Património Rural. Participaram ainda neste censo diversas entidades e voluntários, cujo contributo foi fundamental.
A águia-caçadeira é uma rapina migradora, passa ou outono/inverno na África subsaariana, e as suas populações têm registado um declínio continuado e acentuado no território nacional nos últimos anos. Esse declínio é resultado, muito provavelmente, de dois fatores decisivos que afetam a espécie: o corte precoce das culturas de feno (forrageiras) em plena época reprodutora (esta ave faz o ninho no solo, o qual é muitas vezes destruído pelas máquinas agrícolas, assim como os ovos e crias) e a perda de habitat associada à redução muito significativa das áreas cultivadas com cereais para produção de grão.
O projeto "Searas com Biodiversidade: Salvemos a águia-caçadeira" aposta fortemente no envolvimento dos produtores agrícolas na conservação da espécie ameaçada, que depende quase exclusivamente do habitat das searas para assegurar o seu ciclo de vida, sobretudo no que se refere à reprodução e alimentação.
Águia-caçadeira. Fotografia Filippo Guidantoni/Palombar.
O projeto é desenvolvido pela Palombar, pela Associação Nacional de Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais, pelo BIOPOLIS/CIBIO, e pelo Clube de Produtores Continente. Conta ainda com a colaboração de várias outras instituições e organizações nas suas diversas ações. No Nordeste Transmontano, são parceiros fundamentais o Centro de Recuperação de Animais Selvagens do Hospital Veterinário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.