2 Agosto, 2024
Três novas crias de abutre-preto do Douro Internacional marcadas com GPS
Cria de abutre-preto. Fotografia Palombar.
Três das cinco únicas crias de abutre-preto (Aegypius monachus) nascidas este ano na colónia transfronteiriça do Douro Internacional já foram marcadas, no mês de julho, com dispositivo GPS/GSM, no âmbito do projeto LIFE Aegypius Return. Este que é o maior abutre da Europa tem um estatuto de ameaça “Em perigo” de extinção no território nacional e a colónia desta espécie localizada no Douro Internacional é a mais isolada e, portanto, a mais frágil em Portugal.
Arribes: a primeira cria do lado espanhol marcada com GPS/GSM
A equipa do projeto e colaboradores portugueses e espanhóis anilharam e marcaram com dispositivo GPS/GSM duas crias no Parque Natural do Douro Internacional (PNDI) e uma cria no Parque Natural Arribes del Duero (PNAD), em Espanha, a qual pertence a um casal de abutre-preto recentemente descoberto, sendo a primeira a receber este equipamento no PNAD.
Batizados de Zelha, Celtis e Arribes - os dois primeiros nomes atribuídos em homenagem a árvores nativas de região e o terceiro ao local onde a ave nasceu - os abutres-pretos marcados vão agora ser monitorizados de forma continuada pela equipa do LIFE Aegypius Return.
Garantir sobrevivência da única cria de cada casal crucial para aumentar a colónia
Os equipamentos GPS/GSM irão fornecer informações valiosas sobre os seus movimentos e comportamentos, as quais são essenciais para garantir que estas aves ameaçadas tenham uma maior taxa de sobrevivência na fase crítica da saída do ninho, quando começam a aventurar-se nos primeiros voos e são mais frágeis e suscetíveis a ameaças. Garantir a sobrevivência da única cria que cada casal de abutre-preto tem por época de reprodução é crucial para aumentar a colónia desta espécie na região.
A equipa também registou dados biométricos das crias, como o tamanho da asa e do bico, e recolheu amostras biológicas, nomeadamente de sangue, que permitem analisar as características da ave e o seu estado sanitário.
Colaboração luso-espanhola para marcação de crias
As marcações destes abutres-pretos foram possíveis graças à colaboração luso-espanhola realizada no âmbito do LIFE Aegypius Return que envolveu o Parque Natural Arribes del Duero; Junta de Castilla y León; Universidad de Oviedo; Liga para a Protecção da Natureza; Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas; equipa veterinária do Centro de Recuperação de Animais Selvagens do Hospital Veterinário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; e Javier de la Puente, especialista em conservação de aves e colaborador da Palombar.
Há oito casais reprodutores na colónia transfronteiriça do Douro Internacional
O abutre-preto extinguiu-se como nidificante em Portugal no início da década de 70. No entanto, a espécie manteve-se presente na faixa fronteiriça das regiões centro e sul, com indivíduos provenientes de Espanha. Só em 2010 o abutre-preto voltou a nidificar em Portugal, no Parque Natural do Tejo Internacional. Em 2012, registou-se o primeiro casal nidificante no PNDI e, em 2019, o segundo. Atualmente, estão confirmados oito casais reprodutores de abutre-preto na colónia transfronteiriça do Douro Internacional, localizada em território do PNDI e do PNAD.
Projeto já atingiu três dos seus grandes objetivos
O projeto LIFE Aegypius Return já atingiu três dos seus grandes objetivos: aumentaram de quatro para cinco as colónias da espécie no país; o estatuto de ameaça do abutre-preto melhorou, passando de "Criticamente em perigo" para "Em perigo" de extinção na última edição da Lista Vermelha das Aves de Portugal Continental; e o número de casais reprodutores da espécie mais do que duplicou, tendo crescido de 40 para mais de 80.
Arribes: a primeira cria do lado espanhol marcada com GPS/GSM
A equipa do projeto e colaboradores portugueses e espanhóis anilharam e marcaram com dispositivo GPS/GSM duas crias no Parque Natural do Douro Internacional (PNDI) e uma cria no Parque Natural Arribes del Duero (PNAD), em Espanha, a qual pertence a um casal de abutre-preto recentemente descoberto, sendo a primeira a receber este equipamento no PNAD.
Batizados de Zelha, Celtis e Arribes - os dois primeiros nomes atribuídos em homenagem a árvores nativas de região e o terceiro ao local onde a ave nasceu - os abutres-pretos marcados vão agora ser monitorizados de forma continuada pela equipa do LIFE Aegypius Return.
Cria de abutre-preto marcada com dispositivo GPS/GSM. Fotografia Palombar.
Garantir sobrevivência da única cria de cada casal crucial para aumentar a colónia
Os equipamentos GPS/GSM irão fornecer informações valiosas sobre os seus movimentos e comportamentos, as quais são essenciais para garantir que estas aves ameaçadas tenham uma maior taxa de sobrevivência na fase crítica da saída do ninho, quando começam a aventurar-se nos primeiros voos e são mais frágeis e suscetíveis a ameaças. Garantir a sobrevivência da única cria que cada casal de abutre-preto tem por época de reprodução é crucial para aumentar a colónia desta espécie na região.
A equipa também registou dados biométricos das crias, como o tamanho da asa e do bico, e recolheu amostras biológicas, nomeadamente de sangue, que permitem analisar as características da ave e o seu estado sanitário.
Colaboração luso-espanhola para marcação de crias
As marcações destes abutres-pretos foram possíveis graças à colaboração luso-espanhola realizada no âmbito do LIFE Aegypius Return que envolveu o Parque Natural Arribes del Duero; Junta de Castilla y León; Universidad de Oviedo; Liga para a Protecção da Natureza; Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas; equipa veterinária do Centro de Recuperação de Animais Selvagens do Hospital Veterinário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; e Javier de la Puente, especialista em conservação de aves e colaborador da Palombar.
Equipa. Fotografia Palombar.
Há oito casais reprodutores na colónia transfronteiriça do Douro Internacional
O abutre-preto extinguiu-se como nidificante em Portugal no início da década de 70. No entanto, a espécie manteve-se presente na faixa fronteiriça das regiões centro e sul, com indivíduos provenientes de Espanha. Só em 2010 o abutre-preto voltou a nidificar em Portugal, no Parque Natural do Tejo Internacional. Em 2012, registou-se o primeiro casal nidificante no PNDI e, em 2019, o segundo. Atualmente, estão confirmados oito casais reprodutores de abutre-preto na colónia transfronteiriça do Douro Internacional, localizada em território do PNDI e do PNAD.
Projeto já atingiu três dos seus grandes objetivos
O projeto LIFE Aegypius Return já atingiu três dos seus grandes objetivos: aumentaram de quatro para cinco as colónias da espécie no país; o estatuto de ameaça do abutre-preto melhorou, passando de "Criticamente em perigo" para "Em perigo" de extinção na última edição da Lista Vermelha das Aves de Portugal Continental; e o número de casais reprodutores da espécie mais do que duplicou, tendo crescido de 40 para mais de 80.